Documento original (com erros)
Material de referência fornecido pela disciplina, utilizado para justificar as mudanças propostas. Este conteúdo apresenta não conformidades com a NBR 9050/LBI, como desníveis sem solução acessível, vãos de portas insuficientes, falta de baías de manobra, sanitários sem barras/faixas adequadas, etc. A seguir, disponibilizamos o PDF original conforme recebido.
1. Objeto do trabalho
Este documento apresenta o diagnóstico de acessibilidade e a proposta executiva de adequação de um posto de saúde de pequeno porte, com base nas pranchas fornecidas. O objetivo é assegurar segurança, autonomia e conforto a todas as pessoas usuárias, alinhado aos princípios do Desenho Universal e às exigências das normas e leis vigentes.
2. Diagnóstico da planta existente (síntese)
- Desnível de 0,64 m resolvido com degraus na entrada principal e em trecho de corredor interno, interrompendo a rota acessível.
- Ausência de solução de circulação vertical acessível para o pavimento superior.
- Portas com vão livre inferior ao mínimo exigido e/ou com interferência na faixa de circulação.
- Corredores com trechos inferiores a 1,20 m e ausência de baías de manobra em nós/mudanças de direção.
- Sanitários PCD sem detalhamento completo de giro, faixas de transferência e barras de apoio.
- Balcões de recepção e farmácia sem trecho acessível com aproximação frontal.
- Sinalização tátil e contraste visual não implantados ao longo de toda a rota interna.
- Alturas de comandos/acionamentos e tomadas sem comprovação de atendimento ao alcance acessível.
3. Base normativa aplicada
- ABNT NBR 9050:2020 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.
- Lei Brasileira de Inclusão – Lei nº 13.146/2015.
- Decreto nº 5.296/2004 – Regulamenta as Leis nº 10.048/2000 e nº 10.098/2000.
4. Proposta executiva de adequação
4.1 Acesso principal – rampa (Δ=0,64 m)
Inclinação máxima de 8,33% (1:12). Comprimento aproximado de 7,68 m, preferencialmente dividido em dois lances de ~3,84 m com patamar intermediário nivelado. Largura ≥ 1,20 m (ideal 1,50 m); corrimãos bilaterais a 0,70 m e 0,92 m, contínuos com retorno; guia lateral ≈ 5 cm; piso tátil de alerta nas extremidades; superfície antiderrapante e patamares nivelados de chegada/partida.
4.2 Acesso de serviços – rampa acessível
Inclinação ≤ 8,33% (1:12), largura ≥ 1,20 m, patamares nivelados (≥ 1,20 m), corrimãos bilaterais (0,70/0,92 m), guia lateral e piso tátil de alerta nas extremidades. Integração à rota acessível interna.
4.3 Corredores – largura, baías e frentes de porta
Largura livre contínua ≥ 1,20 m. Baías de manobra de 1,50 × 1,50 m em nós/mudanças de direção e diante de portas opostas. Frente a portas que abrem para o corredor, faixa nivelada ≥ 1,20 m; giro de porta fora da faixa de circulação. Superfície antiderrapante, sem ressaltos e com contraste sutil.
4.4 Portas e vãos – padronização
Vão livre ≥ 0,80 m (folha de 0,90 m); altura livre ~2,10 m. Sentido de abertura sem conflitar com a circulação; adotar portas de correr/embutir quando necessário. Soleira/ressalto ≤ ~1,5 cm, chanfrado. Maçanetas tipo alavanca a 0,80–1,10 m. Em portas envidraçadas, faixas de segurança contrastantes em duas alturas.
4.5 Sanitários acessíveis – feminino e masculino
Área de giro Ø 1,50 m; faixas de transferência 0,80 × 1,20 m; barras (lateral 0,80–0,75 m, vertical 0,70 m, traseira 0,80–0,75 m, conforme NBR 9050); porta abre para fora com vão ≥ 0,80 m; bacia 0,43–0,45 m; lavatório sem coluna com vão inferior ≥ 0,73 m e tampo a 0,75–0,85 m; acessórios a 0,80–1,20 m; espelho ≤ 0,90 m; piso antiderrapante e ralos fora das áreas de giro/transferência.
4.6 Recepção e Farmácia – balcões acessíveis
Trecho rebaixado a 0,75 m; vão inferior (aproximação frontal) ≥ 0,73 m (h), 0,50–0,60 m (p) e ≥ 0,80 m (l); faixa nivelada ≥ 1,20 m; assentos reservados com espaço lateral; sinalização acessível.
4.7 Sinalização tátil e visual – rota interna
Piso tátil direcional conectando Entrada → Recepção → Sanitários PCD → Consultórios → Farmácia; piso tátil de alerta no início/fim de rampas, escadas e nós de decisão; contraste ≥ 30%; pictogramas com eixo a 1,40–1,60 m e braille/alto-relevo a 0,90–1,20 m junto às maçanetas.
4.8 Comandos, acionamentos e tomadas
Interruptores/botoeiras/leitores na faixa 0,80–1,20 m; tomadas ≥ 0,40 m; sem interferências nas faixas de circulação.
4.9 Circulação vertical – elevador
Cabine mínima 1,10 × 1,40 m; porta com vão ≥ 0,80 m; área de aproximação externa com Ø 1,50 m ou 1,50 × 1,50 m; botoeiras a 0,90–1,20 m; sinalização sonora/visual e indicação tátil; patamares nivelados e piso tátil de alerta.
5. Justificativa técnica
As adequações propostas asseguram autonomia, segurança e equivalência de oportunidades. Atendem à ABNT NBR 9050:2020 e à Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015), compondo uma rota acessível contínua do acesso externo aos ambientes internos e à circulação vertical.
6. Conclusão
Com a execução integral das intervenções, a edificação passa a atender aos requisitos técnicos de acessibilidade: rotas contínuas, desníveis vencidos por meios acessíveis, portas e corredores dimensionados, sanitários PCD completos, atendimento acessível e sinalização tátil/visual adequada.
Resultado final – PDF do trabalho
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